quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Santo Agostinho: “compreender para crer, crer para compreender” G9
O cristianismo e a Igreja Católica G9
A questão do conhecimento na Idade Média G9
Com o domínio de Alexandre Magno sobre as cidades-
-Estado gregas, que incluía uma vastidão de territórios do Egito até a Índia, floresceu a cultura helenística, síntese da cultura helênica (grega) com a cultura oriental. Quanto ao aspecto filosófico da cultura helenística, destacamos as seguintes escolas de pensamento:
Cinismo• (pensamento individualista de inspiração socrática que desprezava todas as convenções) de Diógenes (413-323 a.C.);
Ceticismo• (doutrina que se fundamentava no reconhecimento da impossibilidade de se obter o conhecimento real das coisas) de Pirro de Élida (360-275 a.C.);
Epicurismo• (pensamento moral que acreditava no prazer como a chave para a felicidade) de Epicuro (341-270 a.C.);
Estoicismo• (ideal de busca de total harmonia com a natureza, dominando as paixões e sofrimentos do cotidiano) de Zenão de Cício (336-264 a.C.).
Fundamentalmente, essas correntes filosóficas têm em comum duas características: serem seguidoras dos ensinamentos de Sócrates, Platão e Aristóteles e terem claro que a felicidade plena do homem não é mais possível, dentro do ideal de participação nas decisões da pólis, devido à paralisia que se abateu sobre a política.
Com o fim da pólis grega, não era mais possível aos homens serem capazes de decidir o destino de suas comunidades. No lugar da democracia ateniense, suplantava-se o Império Macedônio, que, como todo regime político autoritário, não permitia a participação política de seus súditos. Daí a filosofia helenística, de uma forma geral, voltar-se para o individualismo como perspectiva de conquista da felicidade.
Durante o domínio romano na bacia do Mar Mediterrâneo, o pensamento filosófico permaneceu importante e atuante devido a filósofos latinos como Cícero (106-43 a.C.), Sêneca (4 a.C.-65 d.C.) e o imperador romano Marco Aurélio (121-180) – estes dois adeptos do estoicismo –, além de Plotino (205-270), iniciador do neoplatonismo. Sem trazer originalidade no que diz a respeito aos temas típicos da filosofia, os latinos contribuíram para a formação da cultura ocidental com a conceitualização e sistematização do Direito.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
O conhecimento pela arte:
• toda obra de arte expressa uma visão de mundo, pois representa a maneira pela qual seu autor percebe a realidade que o cerca, entre outras coisas. Portanto, quando nos deparamos com uma obra de arte e buscamos interpretá-la, estamos adquirindo um tipo de conhecimento que tem relação com nosso interior, ou seja, com nossa subjetividade. Contudo, esse tipo de conhecimento é tão complexo quanto o filosófico e o científico, pois requer sensibilidade e proximidade com a história da arte.
O conhecimento científico:
• desenvolvido a partir do conhecimento filosófico, é uma forma de conhecimento elaborada através de métodos rigorosos de investigação, entre eles a utilização da experiência, que busca obter leis de explicação racional e de validade universal para os fenômenos analisados.
O conhecimento pelo senso comum:
• trata-se de um conhecimento espontâneo resultante das experiências vivenciadas pelos seres humanos no cotidiano da sua existência, isto é, no seu dia a dia. Por não ser um conhecimento adquirido de maneira mais sistematizada, um dos grandes problemas que podem ser gerados pelo senso comum é o preconceito em geral. Não respeitar as minorias e desprezar uma pessoa pela cor da sua pele, por exemplo, são resultados do desconhecimento e da falta de informação mais elaborada. Já o chamado bom senso, que é mais estruturado e crítico, pode ser considerado uma primeira superação do senso comum.
Algumas das áreas de atuação da filosofia são a epistemologia (que trata sobre o "conhecimento"), a ética (que trata da origem e da natureza dos "valores da vida e da felicidade"), a estética (responsável pelo conceito de "beleza" e da natureza e pela função da "arte"), a política (que reflete sobre o "poder" e o "Estado") e a lógica (que estuda como obter a exatidão do "raciocínio").
O conhecimento mitológico:
Pensar e conhcer
A capacidade de pensar
A filosofia e as suas origens no ocidente - G8
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
O significado da Política G7
Para entendermos melhor a política, é aconselhável verificar o significado etimológico dessa palavra. Política é uma palavra grega que significa “a arte de viver na polis”. Assim, política pode ser interpretada como uma atuação dos seres humanos no sentido de dirigir ou governar a sua cidade, isto é, o bem público. Mas governar a cidade não significa atribuir esse compromisso a alguns poucos, e sim à participação de todos nesse processo. Isso está relacionado com o princípio de cidadania, ou seja, o morador (cidadão) participa das decisões tomadas para o funcionamento da cidade. Há outros dois conceitos que aparecem relacionados à participação do cidadão na gestão de sua cidade: a isonomia (igualdade de todos perante a lei) e a isegoria (direito de expor suas opiniões sobre aquilo que acredita ser benéfico para a cidade).
A idéia de política descrita acima alcançou seu desenvolvimento na cidade-Estado de Atenas, especialmente durante o século V a.C., quando prevaleceu a democracia como forma de governo. Os filósofos Sócrates e Platão foram cidadãos atenienses mais ou menos nessa época e, por isso, desenvolveram importantes reflexões políticas. Aristóteles, natural de Estagira, viveu boa parte da sua vida em Atenas, pois foi um dos principais discípulos de Platão, conforme já estudamos. A filosofia política aristotélica configura um dos primeiros tratados sobre esse assunto.
Mas não podemos perder de vista que a democracia ateniense não incluía as mulheres, os estrangeiros e os escravos. A inovação ateniense consistiu no fato de não entregar o poder de governar a cidade para um rei e muito menos garantir a hereditariedade desse poder para os seus descendentes. Apesar da visão restrita sobre cidadania (apenas 10% da população ateniense era considerada cidadã, ou seja, os homens adultos atenienses), a possibilidade de várias pessoas, reunidas em Assembléia, decidirem os destinos da cidade superou em muito a forma monárquica de governar dos reinos orientais antigos.
Trazendo essa discussão para a atualidade, chegamos ao conceito de democracia moderna, cuja formulação recebeu importante influência do filósofo John Locke – fundador do liberalismo político, um dos inspiradores do Iluminismo, no século XVIII –, e dos filósofos iluministas Barão de Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau, entre outros. Nessa concepção de democracia, a participação política deve ser direta, isto é, todos participam das decisões que envolvem seu país, ou pode ser indireta, quando, por meio do voto, todos têm o direito de escolher representantes para tomar essas decisões por nós. Em ambos os casos, a participação de todos é fundamental para o bom funcionamento da “cidade”, que aqui é ampliada para a idéia de país. Em suma, exercer a cidadania é reconhecer os direitos e deveres, o que implica participar ativamente da política, seja diretamente, seja cobrando de nossos representantes uma boa atuação. Viu como a política tem mais a ver com o seu dia-a-dia do que você imagina? Aristóteles já dizia: “o homem é um animal político”.
O significado da política
Geralmente, a palavra “política” é empregada fora do seu significado maior. É comum ouvirmos expressões do tipo “a política da empresa é ...”, ou “a política do hospital é ...”, ou, ainda, “a política do sindicato é...”. Nesses exemplos, a atividade política aparece desvinculada da idéia de governo, pelo menos daquele tipo de governo que deve ser voltado para o público, e não para o privado. Contudo, há uma outra concepção de política bastante difundida entre as pessoas no cotidiano: aquela que afirma ser a política uma atividade para os profissionais dessa área, ou seja, os políticos. Junto dessa concepção está a idéia equivocada de que não temos nada a ver com a política, pois ela é “coisa de político”. Nesse caso, o princípio de governo aparece como uma coisa distante das pessoas comuns. Mas, afinal, o que é a política?
O quevocê estálendo?Leio aseção sobrepolítica. Gostode me manterinformadaEu nãoperco meu tempocom política... Issonão tem nada aver comigo! Você éque pensa!
Dessa maneira, mesmo quando nos recusamos a participar da política, ainda assim estamos participando dela, porque, ao nos abstermos do nosso direito e nosso dever com o país no qual vivemos, estamos transferindo essa responsabilidade para aqueles que se interessam pela política. Em outras palavras: não dá para ficar de fora da política, segundo afirmam Aranha e Martins, à página 262 do seu livro Temas de Filosofia:
(...) ninguém pode se considerar apolítico – indiferente à política –, sob pena de essa pretensa neutralidade justificar a política vigente. O indivíduo despolitizado compreende mal o mundo em que vive e é facilmente manobrado por aqueles que detêm o poder.
Se admitirmos que a política é uma dimensão importante da nossa vida, é preciso reconhecer a necessidade da educação efetiva para melhor compreender a vida pública. Essa aprendizagem é a condição para o exercício da cidadania consciente e ativa, para pressionar o governo ou atuar por conta própria na sociedade civil, nas áreas em que for necessário, ampliando as possibilidades da gestão democrática.
O significado de Cultura G7
A diversidade cultural é um fato relativo à própria espécie humana, que, através do surgimento e da formação de sociedades variadas, tem produzido uma série de culturas diferentes. Por exemplo, não exageramos ao afirmar que existe uma cultura latino-americana, mas é errôneo pensar que as realidades distintas, como a brasileira, a mexicana e a argentina, possam expressar culturas iguais. Sem dúvida, existem muitas semelhanças, mas, em meio a um processo de globalização e padronização cultural, as culturas das sociedades modernas buscam preservar suas particularidades culturais, como se isso fosse, mais que uma resistência, uma forma de preservação de identidades.